Economies of Scale and Scope in the Sanitation Sector

A recente crise de abastecimento em São Paulo mostrou a importância da regulação no setor de saneamento no Estado de São Paulo. Neste sentido, o presente artigo busca auxiliar o desenho de regulação no sentido de verificar a existência de economias de escala e de escopo no setor de saneamento em São Paulo. Para tanto, foi construída uma base de dados a partir de dados internos da SABESP, combinados com dados operacionais extraídos do SNIS. Com esta base de dados foi utilizada a metodologia de Evans e Heckman, para a avaliação de economias de escala e de escopo. Os resultados nos permitem concluir que a existência de deseconomias de escala é algo extremamente raro nas cidades atendidas pela SABESP, sendo que quase todas apresentam valores negativos para a estatística SC -- o que indica que o custo de produção dos serviços de água e esgoto, nos níveis observados, é mais economicamente oferecido no âmbito de uma empresa do que em duas empresas separadas. No entanto, as evidências são mais fracas com relação às economias de escopo. Mas mesmo assim, na grande maioria das cidades atendidas pela SABESP, é mais barato o fornecimento dos serviços de água e esgoto conjuntamente dentro de uma empresa do que a separação em duas empresas focadas em diferentes serviços.Tendo em vista os resultados, podemos concluir que iniciativas que visem à separação estrutural de operadoras de água integradas tendem a gerar ineficiências do lado produtivo, fazendo com que o fornecimento dos serviços seja menos econômico.