Dinâmicas de Migração e Remessas em São Tomé e Príncipe : Desafios e Recomendações

São Tomé e Príncipe (STP), uma pequena nação insular de renda média-baixa, está passando por uma onda significativa de emigração, principalmente impulsionada por oportunidades de emprego limitadas e perspectivas econômicas, especialmente entre as gerações mais jovens. Este artigo explora os fatores, dinâmicas e impactos da migração na economia e no tecido social do país, com base em uma combinação de fontes de dados primários e secundários. Estas incluem registros locais de emigração, o registro social nacional, a última pesquisa de orçamento familiar, estimativas globais de estoques de migrantes e fluxos de remessas, e discussões em grupos focais com famílias de migrantes. Os resultados revelam que pelo menos 18% da população de STP agora reside no exterior, com números crescendo rapidamente. A migração é cada vez mais dominada por jovens que se mudam para Portugal, atraídos por laços linguísticos e culturais compartilhados e facilitados por um recente acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. No entanto, a migração atualmente traz benefícios econômicos limitados para STP, pois as remessas são baixas, irregulares e limitadas por altos custos de transferência, infraestrutura financeira inadequada e emprego precário dos migrantes no exterior. Socialmente, a migração também pode perturbar estruturas familiares, afetando particularmente as crianças que enfrentam desafios de cuidado e bem-estar emocional. As recomendações políticas incluem melhorar a empregabilidade dos migrantes, explorar parcerias bilaterais de migração, fortalecer sistemas de gestão de migração, melhorar os serviços de remessas e apoiar as famílias que permanecem no país através de assistência social.