Diferenças de Custo de Vida entre Cidades: Impacto dos Preços no Bem-Estar

O objetivo deste estudo é construir um deflator para medir o diferencial de custo de vida entre os principais centros urbanos brasileiros visando comparar o diferencial de bem-estar entre os seus moradores. Propõe-se avaliar o padrão de consumo entre as cidades empregando a Utilidade Métrica Monetária (UMM) proposta por Deaton e Zaidi (2002). São analisadas a influência dos diferenciais de custo de vida no cálculo do bem-estar de pessoas situadas em diferentes posições da distribuição pessoal da renda, assim como de recipientes do salário mínimo, de beneficiários do programa social Bolsa Família e de domicílios chefiados por pessoas com mais de 65 anos idade. A partir dos índices de níveis de custos de vida das regiões, os mesmos são utilizados para calcular o poder aquisitivo de diferentes camadas da população, comparando-se os níveis de bem-estar de várias faixas de renda, assim como a capacidade de compra de valores nacionais como os de Salário Mínimo, Bolsa Família e aposentadorias, esta aproximada pelos domicílios chefiados com pessoas com idade superior a 65 anos. Essa variedade de situações permite avaliar os níveis comparativos de bem-estar entre regiões de pessoas em diferentes posições na distribuição de renda.