Author
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- Osvaldo Silva
- Alice Brasileiro
Abstract
Edifícios com características “verdes”, “sustentáveis” ou classificados segundo alguns dos selos de sustentabilidade e eficiência energética se fazem cada vez mais presentes nos diversos empreendimentos imobiliários no país, com tendência ao crescimento. Além do forte destaque promovido pelo marketing dos empreendimentos e de sua potencial valorização imobiliária, os consumidores estão formando, aos poucos, sua consciência ambiental. Contudo, o apelo vislumbrado de modo mais imediato é a economia de recursos financeiros que tais edifícios podem proporcionar a seus ocupantes. Do ponto de vista do ‘consumidor’ de imóveis, a ENCE (Etiqueta Nacional de Eficiência Energética) pode ser entendida como a classificação de assimilação mais simples e imediata, pela associação com a sua concessão a eletrodomésticos. Nos dias atuais, dificilmente um consumidor adquire um equipamento sem que veja nele uma etiqueta de classificação “A” (menor consumo de energia), ou ao contrário, adquira algum que possua uma classificação que indique um maior consumo de energia (sendo a letra “E” a pior categoria, para a maioria dos equipamentos). Esse raciocínio é assim aplicado em bens cuja vida útil média é de cerca de dez anos. Ao identificar a mesma classificação em um bem que naturalmente tem um consumo energético maior, e com vida útil de no mínimo cinquenta anos, é quase imediata a percepção das pessoas no sentido de que um imóvel com uma classificação “A” é bem mais apropriado para aquisição/uso do que um imóvel com uma classificação inferior. Porém, há determinados elementos no processo da classificação que podem impedir que alguns empreendimentos alcancem o nível máximo da etiqueta de eficiência energética, antes mesmo de ser feita sua concepção projetual. Como exemplo, podem ser citados prédios residenciais que contenham unidades que ventilem para uma fachada apenas. O simples fato de não possuírem ventilação cruzada os impede de alcançar as classificações “A” ou “B”. Na prática, para o incorporador, isso se traduz, na grande maioria dos casos, em propor/investir em projetos de empreendimentos que configurem no máximo quatro unidades por andar, de modo que todas elas tenham ventilação por duas fachadas diferentes. Desse modo, por meio da análise dos regulamentos para a classificação de eficiência energética, o trabalho pretende mostrar como alguns pontos podem ser decisivos para o incorporador, às vezes, antes mesmo da escolha do terreno e sua orientação, de modo a assegurar que o futuro empreendimento possa ser classificado como ‘energeticamente eficiente’.
Suggested Citation
Osvaldo Silva & Alice Brasileiro, 2013.
"Elementos da classificação de Eficiência Energética como pontos- chave na tomada de decisões para produção de empreendimentos imobiliários,"
LARES
lares_2013_799-1104-1-sm, Latin American Real Estate Society (LARES).
Handle:
RePEc:lre:wpaper:lares_2013_799-1104-1-sm
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