A nova macroeconomia política como uma tradição separada da escolha pública

A teoria da escolha pública está listada como uma subdivisão da microeconomia no código JEL e é amplamente considerada um assunto de microeconomia e microeconomistas que trabalham na fronteira entre a economia e a ciência política. Porém, a partir da década de 1970, macroeconomistas começaram a pesquisar tópicos de escolha pública e os modelando, e alguns teóricos da escolha pública analisando e discutindo assuntos macroeconômicos sob a égide da escolha pública. A diferença é que o primeiro grupo tenta se separar da designação “escolha pública”, adotando várias designações, a qual eu uso o termo “Nova Macroeconomia Política” para designar essa abordagem. Isso criou conflitos outras abordagens de escolha pública, especialmente a Escola de Virgínia, que argumentam que essa tentativa de separação prejudica o campo científico. Este artigo tenta entender a formação da nova macroeconomia política, de como ela se tornou uma tradição separada de escolha pública e as razões porque ela se separara da designação “escolha pública”. As razões são, principalmente, a adoção das expectativas racionais e da abordagem de equilíbrio geral, paradigmas da macroeconomia mainstream, e a tentativa de se distanciarem da associação ideológica com o libertarianismo/liberalismo presente em algumas tradições de escolha pública.