A Gestão estratégica como alavancadora de mudanças:possibilidade ou ilusão?

O dominante paradigma funcionalista enraiza-se cada vez mais nos indivíduos e nas organizações. No entanto, a ciência positivista, a tecnologia dela resultante e sua aplicação empresarial não têm conseguido aumentar, na mesma proporção, o bem-estar da humanidade. Destaca-se a necessidade de mudanças transformadoras e o papel central das organizações e de seus gestores como protagonistas para a solução dos desequilíbrios sociais e ambientais que estão levando a uma situação de risco da vida humana na Terra. Defende-se, também, que se há meios de mudar as organizações, isso tem que necessariamente passar pelo nível estratégico e, consequentemente, pelo seu aparelho da prática administrativa, a gestão estratégica. Caso incorpore valores e pressupostos ecológicos e humanistas, a gestão estratégica pode ser a alavancadora das mudanças necessárias às organizações para lidar com as incertezas e complexidades do mundo contemporâneo. Para isso, são propostas posturas de uma gestão estratégica renovada a ser objeto de desenvolvimento teórico e de pesquisa empírica futura.