Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2023. O financiamento de uma transição sustentável: investimento para crescer e enfrentar a mudança climática. Resumo executivo

Em sua edição número 75, que corresponde a 2023, o Estudo Econômico da América Latina e do Caribe consta de três partes. A primeira parte resume o desempenho da economia regional em 2022 e analisa sua evolução nos primeiros meses de 2023, bem como as perspectivas de crescimento para esse ano e para 2024. Destacam-se os fatores externos e internos que incidiram no desempenho econômico da região e que condicionarão o crescimento econômico nos próximos anos. A segunda parte do relatório analisa as consequências macroeconômicas da mudança climática nas economias da América Latina e do Caribe e os possíveis mecanismos financeiros a fim de facilitar os investimentos necessários para contar com economias resilientes e impulsionar um crescimento dinâmico, sustentado e sustentável. As estimativas apresentadas no capítulo II sugerem que, como resultado do agravamento dos choques climáticos, em 2050 o produto interno bruto (PIB) de seis países da região, muito expostos aos riscos da mudança climática, poderia ser entre 9% e 12% menor do que o correspondente a um cenário de crescimento tendencial. Para compensar essas perdas econômicas, são necessários investimentos adicionais excepcionalmente grandes, de 5,3% a 10,9% do PIB por ano. Devido à magnitude significativa dos esforços de investimento, o capítulo III indica a necessidade de considerar múltiplas fontes de financiamento para uma maior mobilização de recursos internos e externos. O capítulo IV explora o papel que os bancos centrais e os supervisores financeiros podem desempenhar para abordar os riscos climáticos e potencializar as finanças e os investimentos sustentáveis. O relatório também assinala que se deve atuar de maneira decidida para alinhar os fluxos financeiros necessários com as metas climáticas nacionais, ampliando os mecanismos de financiamento disponíveis para a intermediação financeira, adequando a gestão da carteira de ativos dos bancos centrais para torná-la sustentável e apoiando iniciativas que impulsionem o desenvolvimento de mercados de capital sustentáve