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Abstract
Neste artigo faz-se: I) a caracterização do sector eléctrico - electrónico utilizando vários indicadores, dos quais destacamos as medidas de capital humano, em termos de stock e de fluxo, as medidas de concentração industrial e da escala mínima de eficiência (economias de escala) as medidas do peso das PMEs e as medidas da inovação tecnológica; ÍI) o ranking dos principais sectores da indústria transformadora em termos de 10 indicadores e o lugar que o sector electrónico ocupa em cada um deles; III) o cálculo dos índices de comércio intra-sectorial, considerando uma desagregação a 3 e a 5 dígitos, e o cálculo dos índices de vantagens comparativas por subsector; IV) o cálculo dos índices de comércio intra-sectorial por produto, ao nível dos 20 e dos 40 principais produtos eléctricos e produtos electrónicos (incluindo os produtos relacionados com as telecomunicações); v) a análise económica e financeira das principais empresas do sector, a partir dos balanços e demonstração de resultados, e considerando dois subperíodos: 1980-1983 e 1987-1992. As principais conclusões que retiramos são: I) nos 10 principais indicadores considerados - e considerando mais do que uma proxy para alguns deles - o sector eléctrico - electrónico encontra-se, geralmente, nos primeiros lugares do ranking, com destaque em termos de inovação tecnológica, intensidade em capital humano, concentração industrial, economias de escala e propensão a exportar; II) no sector eléctrico e electrónico big is beautiful independentemente de as empresas serem estrangeiras ou nacionais; III) tanto o subsector eléctrico como o subsector electrónico ultrapassam relativamente bem o período 1989-1992, considerado de «escudo forte» (a situação em 1992 é praticamente a de 1989) e contribuíram positivamente para o reforço da via do ajustamento estrutural através da especialização intra-sectorial; IV) M. Porter e a sua equipa excluíram este sector dos clusters industriais seleccionados para construir a vantagem competitiva de Portugal. O nosso estudo demonstra que essa posição assenta na crença de que a indústria portuguesa só sabe fazer bem têxteis, vestuário, calçado e outros produtos tradicionais intensivos em trabalho não qualificado e pouco qualificado. Ou seja, o nosso estudo demonstra que a posição da equipa de M. Porter não tem suporte na recente teoria do comércio internacional e não tem qualquer suporte nos dados estatísticos do período 1980-1992.
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